segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Comércio lojistico e autônomo




Os primeiros estabelecimentos comerciais que surgiram em Piritiba fora do Sr. Pedro Neves, no ramo de tecidos, sapatos e chapéus. Hoje, a cidade dispõe de diversas lojas, bares, hotéis, supermecados, armárinhos, casas de peças, farmácias, postos de combustíveis, matériais de construção, panificadoras, casas agropecuárias, eletrodomésticos, restaurantes... Há também feiras livres, voltadas para o comércio autônomo, onde se destacam a da sede (Piritiba) e do povoado de Porto Feliz, que dispõe variedades de produtos e beneficiam a comunidade local.








Atividade- pecuária










A agropecuária é uma atividade econômica que continua intacta na cidade de Piritiba (- não tão expressiva como antes-). O rebanho é pequeno e o criatório é realizado para o corte e o leite. O sistema de criação é explorado de forma extensiva o que dificulta a manutenção do rebanho em período de seca. A produção do leite é destinada ao consumo interno e outra parte é dedicada ao fabrico de queijo, requeijão, doces, manteigas ( e temos uma pequena fábrica de iorgute na cidade).
Na cidade, existe um Matadouro Municipal, onde ocorre os abates dos animais. Trabalham cerca de 150 pessoas, direta e indiretamente. As carnes são vendidas nas feiras do município e comércio local.





(Foto: matadouro 14/02/11)

Economia em foco

Existem várias estórias relatando o desenvolvimento econômico de Piritiba, porém, poucos documentos que às comprovem. Atualmente o poder econômico piritibano é considerado baixo, há anos a cidade mantém uma economia estável com atividades econômicas voltadas para a agricultura e pecuária, no entanto, sua localização geográfica -semi árido-, escassez de chuvas, falta de financiamentos, baixa apropriação tecnológica e a insipiência de sistema de irrigação inibem essas atividades. A ausência de estímulo para a ampliação de outras culturas refletem na carência de fontes alternativas para rendimento, bem como industrias, empresas e novos ofícios. A maior empregadora do município é a prefeitura e a renda comercial gira em torno dos funcionários e beneficiários públicos.
Ao "passear" pela História, percebemos um retrocesso econômico. Em seus primórdios a cidade apresentava um forte desenvolvimento na agricultura e criação de gado. Com a inauguração da Estrada de Ferro em 1934, o Distrito de Piritiba teve um grande impulso em seu desenvolvimento comercial, pois começaram a chegar comerciantes vindo de Juazeiro, Saúde, Jacobina, Senhor do Bonfim, Salvador e outros locais, tornando o movimento na Estação Ferroviária muito intenso. O Distrito de Piritiba exportava: Gado Bovino, Farinha de mandioca, Mamona, Dormentes, Coco Babaçu e Ouricuri, Pó de palha do ouricurizeiro, Tc, além de receber diversas mercadorias oriundas. A estação alavancou e contribuiu para o desenvolvimento econômico naquela época.
Com o governo de JK (1956-61) houve um interesse de intensificar a industrialização do país, segundo o professor de engenharia de transportes da Coppe/UFRJ Hostilio Ratton Neto, a forma mais rápida para fazer isso era atrair uma indústria que precisasse de outras para se desenvolver, como a automobilística. Naquela época, o sistema ferroviário era caro, suas vias eram antigas e outros meios de transporte, como o carro e o avião, eram mais vantajosos, até porque o petróleo era muito barato. Nesse período a rede ferroviária decaiu, afetando o progresso econômico. A Estação de Piritiba funcionou até fevereiro de 1977.
Outro fator que colaborou para estagnação econômica da cidade foi a seca e ausência de um sistema de irrigação o que afetou diretamente o cultivo das principais atividades da época.
Por muito tempo a cultura de mandioca foi o principal produto da economia Piritbana as estiagens constantes fizeram com que esta caísse. Em 1994, a área plantada para a produção de mandioca foi de 1500 hectares, produzindo cerca de 22000 toneladas com rendimento de 14666 kg por hectare. O município neste ano, esteve entre os 6º no ranking de produtores do estado.




quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Piritiba e sua história



















Piritiba surgiu de um sonho do Cel. João Damasceno Sampaio que idealizou a criação de uma cidade localizada nas suas terras no Piemonte da Chapada Diamantina, no centro da Bahia. Este sonho começou a se concretizar em 1925. Conta a história que o Cel. João Damasceno era um grande sonhador, mesmo em uma região semi-árida com fortes estiagens, e com poucas probabilidades de desenvolver uma cidade.Estas constatações foram confirmadas pelo sr. Manoel Nazeozeno Lopes que era conhecido na época pelo seu grande conhecimento técnico em agrimensura e desenho. Este era um período muito instável para realizar qualquer sonho, pois o país passava por uma série de reformas constitucionais, movimentos armados, reforçados pela Coluna Prestes.
Após a efetivação do projeto criado pelo Sr. Manoel Nazeozeno Lopes, o Cel. João Damasceno convidou os primeiro moradores a construir as primeiras cinco residências. Os primeiros moradores foram Francisco Marcelino de Miranda, Virgilio Lima, Eleodorio Lima, Ismael Lima e o próprio Manoel de Alcino. As pessoas que não tinham condições recebiam lotes para construir suas casas.
A localidade foi inpulsionada pela cosntrução da Estrada de Ferro da Companhia Brasileira de EStradas de Ferro, sendo que em 1927 os primeiros trilhos começaram a chegar na Fazenda Cinco Várzeas. A construção da estrada férrea, da casa do chefe da estação, dos feitores, permitiu que algumas pessoas se deslocassem para conseguirem emprego, este fato culminou com a realização da primeira feira livre do município em abril de 1928, um ano antes do fato que modificou os destinos econômicos do mundo que foi a quebra da bolsa de Nova iorque que afetou a economia cafeeira no país.

Em 1932 na gestão do prefeito da cidade de Mundo Novo Dr. Raul da Costa Vitória elevou o distrito de Cinco Várzeas a categoria de distrito. Em 1933 com a Estrada de Ferro, o povoado de Cinco Várzeas, passou a denominar-se de “Povoado do Junco”. Em 05.04.1934 o Decreto Estadual 8.881, criou o Distrito de Cinco Várzeas, para ser mudado novamente em caráter definitivo para o nome de “Piritiba”, através do decreto estadual 11.089 de 30.11.38.
Em 1934 com a inauguração da estrada de ferro, começaram a chegar os primeiro comerciantes em Piritiba: Jose Batista Cardoso, Antiacho Pereira Lima, Pedro Neves de França e seus filhos: Herundino Neves de França, Jose Neves de França, César Sampaio, Virgilio Barros, Leovegildo Gonçalves Lopes, Adelino Moura, Francisco Batista (Chico Batista), Dario Rios Gomes, entre outros. Em dezembro de 1939, desembarca em Piritiba, pela Estrada de Ferro o Dr. Carlos Ayres de Almeida, a convite do farmacêutico Sr. Aloísio Cedraz. Ambos trabalhavam no Distrito do França. Após o evidente desenvolvimento do distrito de Piritiba, movimentos políticos levaram a sua emancipação política, em 27 de setembro de 1952 pela Lei nº 503 assinada pelo então Governador Dr. Régis Pacheco. O sr. Otávio Souza Santos foi nomeado prefeito com um mandato de 02 anos, até as eleições municipais que iria ocorrer em 1954, que culminou com a eleição do Dr. Carlos Ayres de Almeida eleito para um mandato de 04 anos (1954-1958). Após um período de resistências da cidade de Mundo Novo,e até da revogação da Lei nº 503 que dava condições de município a Piritiba, o deputado sr. Waldir Pires, abraçou a causa, e colocou em tramitação a Lei nº140 que devolvia a autonomia a Piritiba, lei esta assinada pelo então governador da Bahia Dr. Antônio Balbino. Assim Piritiba conseguiu completa autonomia do município de Mundo Novo.



(emancipação política)


Fonte: http://www.piritiba.ba.gov.br/ Acessado em: 10/02/2011 às 22:03